Tá, vou começar!
Finalmente resolvi começar a escrever críticas de filmes.
Melhor começar do que não fazer. Afinal, com tanto tempo na mão, melhor usar antes que acabe.
THE SOLOIST - ou O Solista
Disponível na Netflix, filme estrelando meu amado ídolo Robert Downey Jr e Jamie Foxx, conta a história do jornalista Steve Lopez do LA Times (RDJ) que encontra um músico esquizofrênico, morador de rua (Foxx), extremamente talentoso, e resolve escrever uma série de artigos sobre ele, mas acaba se envolvendo mais do que imaginava.
Vamos lá, o filme poderia ser apenas sobre isso, um cara (RDJ) que precisa apenas cobrir mais uma história para ir bem no trabalho. NADA mais a cara de Downey, que inclusive segue PERFEITO em mais um papel dele mesmo. (Tenho essa teoria). Ele é bom demais para tudo que tem na vida, perde a paciência fácil, quer tudo do seu jeito, mas no final é o cara mais legal da terra, que se sacrifica, que pede desculpas, sabe que errou, sabe que é responsável e ama do jeitinho especial dele. Pois bem... o filme não para por aí. Mesmo com isso como trama principal, o filme mostra mais do que isso.
O filme engloba ao mesmo tempo, o que pode sim trazer um certo sentimento de estranheza, a situação dos moradores de rua de Los Angeles, flashbacks da história de vida do músico Nathaniel Ayeres, ou seja, como cresceu, seu amor pela música, dificuldades que enfrentou, sua esquizofrenia e sua relação com a música, cores e sentimentos, além do próprio desenvolvimento da amizade e relação entre o jornalista e o músico.
Assisti esse filme de um dia para o outro, ou seja, dormi. Mas para mim o importante é querer voltar a ver o filme. Dormir todo mundo tem sono, agora voltar ao filme isso sim quer dizer algo. E sendo assim, voltei mesmo.
E mesmo achando confuso e tentando demais fazer links entre assuntos tão fortes e se perdendo, vi valor no filme por abrir esses pontos de assuntos paralelos como mostrar cenas onde vejo como a música impacta e como o esquizofrênico sente aquilo que ama tanto, ou mesmo ter cenas em que intercalam vozes que depois entendi que eram as vozes na cabeça dele.
Outra cena que gostei muito foi quando RDJ entra em contato com o administrador de um centro comunitário que ajuda e abriga moradores de rua e em suas conversas, o jornalista tem certeza que sabe o que deve ser feito, que ele precisa apenas e simplesmente sair das ruas, tomar medicações e virar um músico de sucesso. Ele não fala isso, mas age como tal. E o administrador, David (Nelsan Ellis) apenas diz: o que ele não precisa é de mais alguém falando que ele precisa de medicamentos (ou algo assim).
Pra fechar, não posso deixar de comentar apenas uma coisa, Jamie Foxx é muito bom, mesmo mesmo mesmo. Ele pode fazer absolutamente qualquer coisa.
O filme é de 2009 e está avaliado em 6,7 pelo IMDB. Pra mim é um 5 e muito pelo elenco, afinal esses dois têm meu coração. (Táá, RDJ tem mais espaço no meu coração, mas mesmo assim)
Eu tendo escrever sem viés, mas sou apaixonada por filmes e sempre acho alguma coisa que nunca vai me deixar NÃO GOSTAR de um filme. Tirando O Céu da Meia Noite. Esse não deu. Mesmo.
